ao sul

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Cada pessoa tem a sua personalidade. A sua maneira de ser e de estar na vida. Deixo que imaginação das outras pessoas se exprimam. só espero que não façam muitas projecções daquilo que são em mim. LOL Se quiseres conhecer melhor ou mesmo ate pa falar do que te passar pela alma ou pela cabeça, associa juliofaisco@hotmail.com

terça-feira, setembro 19, 2006

Genética: Nova esperança no tratamento da depressão

Investigadores franceses poderão ter aberto caminho a novas formas de
tratamento da depressão ao descobrirem que a supressão de um gene torna os
ratinhos resistentes à doença, segundo um novo estudo.
«Quando submetidos a condições semelhantes às da depressão humana, ratinhos
a que retirámos um gene resistem ao stress como se estivessem sob os efeitos de
um antidepressivo», explicou Michel Lazdunski, chefe da equipa de
investigadores.

As conclusões dos trabalhos destes cientistas do Instituto de Farmacologia
Molecular da Universidade de Nice vêm publicadas na última edição da
revista norte-americana Nature Neurosciences.

Entre os testes mais significativos, os investigadores observaram que um ratinho
posto em estado de depressão e mergulhado na água, um elemento de que não
gosta, acaba por resignar-se, imobilizando-se.

Porém, ratinhos sob antidepressivos ou aos quais foi retirado um gene continuam
a lutar. O gene em causa corresponde ao canal iónico TREK-1, existente em todas
as regiões do cérebro envolvidas na depressão.

«Um canal iónico é um microgerador que cria os sinais eléctricos pelos quais
as células nervosas comunicam entre si. Há milhares de canais iónicos por
célula. São a base do nosso computador pessoal«, explica o professor
Lazdunski, cujo laboratório se especializou no estado desses canais.

A descoberta do gene do TREK-1 implicado no mecanismo da depressão permite
designar um alvo novo para a investigação do tratamento da doença.

«Os antidepressivos utilizados actualmente só são eficazes em cerca de dois
terços dos pacientes», sublinha Lazdunski. «No plano ideal, um novo
medicamento deveria dar um maior alívio às pessoas, mas também agir mais
rapidamente que os antidepressivos conhecidos e prevenir as recaídas».

Cerca de 20% das mulheres e 10% dos homens sofrem pelo menos uma vez na vida de
uma depressão que requer tratamento médico. Os investigadores sabem agora que
alguns pacientes podem ter uma predisposição genética à qual se junta um
stress externo (luto, divórcio, desemprego, etc.) que desencadeia a doença.

«Claro que não se trata de encontrar uma aplicação desta descoberta através
da manipulação dos genes humanos e da supressão do gene do TREK-1 no homem.
Pode-se no entanto imaginar-se um novo medicamento que, ao bloquear esse canal
iónico, teria o mesmo efeito da eliminação genética».

Esta é uma pista que não deverá ser ignorada pelos laboratórios
farmacêuticos, sendo que o mercado dos antidepressivos representa actualmente
«pelo menos 10 mil milhões de euros em todo o mundo».

Diário Digital / Lusa

19-09-2006 10:49:00

quinta-feira, setembro 14, 2006

Os Invernos como reflexos dos próximos verões.

Ainda me lembro a muitos e longos anos quando ainda era puto e pouco sabia da vida e ainda acreditava no pai natal e nas cegonhas que vinham de paris com alguma desconfiança. Vejo hoje como os verões passam a ser uma marca nos passos que damos para a nossa autonomia como gente e ser gente é o que nós putos queremos.
Por cada verão passa uma época da nossa vida um crescimento, muitas
aprendizagens e muito amores de verão, uns enterrados na areia outros
espalhados pelo vento. Acho que esses ficam mais na memória do que os das outras estações do ano. Pois não sei se será do calor ou da testerona.
O certo é que desde que me lembro como gente que nestas estas alturas do ano em que os corpos dilatam como se tivéssemos a espremer um cacho de uvas, é que passa na minha rua bastante antiga não fosse o Vasco da gama ter mandado por aqui um sino com o aço que mando derreter dos canhões da armada que o acompanharam a índia. Assim conta a lenda.
As pedras da calçada acho que acompanham a mesma longevidade.
Só o passeio da minha casa é que não e era ai que comecei a gozar o verão, gozar como quem diz desde que comecei a ter lembrança dele como algo que não é nada bom não mata mas moí.
Então a época de calor passava-se na rua filho de almeida um grande
conterrâneo e um grande escritor, com contos lindos e simples, mas um pouco vendido ao poder, hora tanto republicano como monárquico.
Ao cair da noite que nesta altura vem sempre tarde, preparasse o jantar, depois dele pegava-se na trouxa e lá ia pá porta da rua, a trouxa era composta por uma manta para poder espojar-me no chão rua a pouco e pouco ganhava vida as luzes da torre do relógio que o iluminavam acendiam-se uma a uma ritual descordenado que já o fazem a muitos anos tantos como lembro de ser gente.
Depois começavam a chegar a entrada das portas a vizinhas (os), ora se ficam como guardiães dos seus palácios ou tínhamos ponto de encontro a porta da vizinha do lado. O certo é que este seroes na planície em certo ponto se tornavam em tertúlias os temas eram escolhidos por aqueles que passavam na rua, tornadas vítima fáceis da coscuvilhice De quem se põem ao fresco.
Era uma rua animada pelos habitantes seniores o que por um lado ate era pena, porque tinha ainda que dar mais largas a imaginação para poder estar entretido já que não percebia nada das conversas dos grandes.
Depois do verão acabar volta a clausura porque o frio não permite que seja o puto da rua, só era interrompida para ir para a primária, ou pelos passeios que dava pela flora da terra, pouca a memoria ou a lembrança que ainda permite ter presente.
Nos verões seguintes já começava as negociações que pouco eu sonhava que iria ser osso de roer para futuras borgas e vida boémia, mas isso são outras histórias.
Então estes acordos duravam ate as 23h30 e poucos minutos de atraso
correspondia no outro dia a ficar em casa ,era o prémio do atraso. O que já era uma pequena grande vitória, já dava tempo suficiente para encher os pés de areia e ir para casa cheio de pó do parque. Quando não se brincava na areia jogava-se as escondidas rua abaixo rua acima por detrás dos arbustos por detrás dos carros bem agora a rua era dos putos. Como diz o outro um bando de pardais a solta.
Hoje quando saio de casa pergunto-me como é possível que putos mais novos do que eu nestas alturas já saem a rua ate muito mais tarde que confusão que me faz. Será que já sabem negociar muito melhor que nos naquela altura ou os
pais são mais tolerantes? Mas o que dará isso putos mimados? Pessoas que no futuro iram ser frustradas porque não conseguem ter o que querem com esforço? Bem logo veremos. O que vai dar essa geração.
O certo é que o domínio das ruas dos passeios continuou a ser nosso pelos menos mais dois verões, tendo nos outros mudado de território, não muito de aquele uns metros mais abaixo e os bancos de jardim eram nossos, agora já não havia as correrias, só aquelas para os melhores em questão de poleiro e de visionamento. Agora nesta fase é que o perigo começava a espreitar e ser mais tentador, a tentação misturada com noites quentes do Alentejo, é muito complicado de termos consciência do quer que seja ainda para mais nestas idades, pois o álcool já era uma diversão, agora chega a tentativa de afirmação como homenzinhos, então o primeiro contacto com o tabaco dai ate aos charros não faltava muito era mesmo só um questão de poucos anos. Ou
melhor poucos verões. Depois destas experiências nos bancos do jardim, certas noites lá cargava com a viola e fazíamos a festa, outras descíamos a rua e lá íamos ate ao bar da piscinas. Beber umas belas de umas imperiais (carlsberg), e era uma festa.
Depois de se arranjou um casão ao qual lhe demos o nome o casão da avó, mas isso é outra historia que fica para mais outras páginas do blog. Para alem da casão da avó hospedarmo-nos na sociedade também, conhecida com after club ou a onde o sol não brilha, ma sé que não brilhava mesmo, bem as coisas que ali também se passavam também são dignas de registo na historia e na construção social de uma pessoa, coisas que não se lembra a miguem. Mas também isso fica para uma outra historia e preparem sem porque não há nada igual, nem os filmes do jackass. Mas todas muito divertidas.
Nesta altura já conseguimos sair a noite pelo menos uma vez por semana em dias de escola. Uau. O que era uma grande satisfação para o orgulho. Em poder ter esta pequena grande vitoria semanal. De reunião para conversas em que os temas iam sempre dar ao mesmo. Quem andava com quem e quem tinha feito o que.
Entre cigarros e snooker lá se dava umas tacadas nos assuntos mais
interessantes.
Nos outros verões que se seguiram, bem foi algo de mais deprimente mas algo de bárbaro, coisa bruta, a certo ponto mais parecia um desporto, o encher a mesa do bar de cerveja, ate ao extremo. Agora vejo o meu processo evolutivo na escala da sociedade, nem sei se há escala para tal, de como crianças inofensivas ingénuas passamos a pessoas supostamente responsáveis a desleixados borguistas. Que bonito termo. Mas por outro lado tudo isto me faz lembrar certos poemas do mestre, Fernando Pessoa, quando diz que não quer crescer. Talvez aja um pouco de razão. Porque ter consciência de tudo isto da um pouco de tristeza desses tempos gloriosos.
Hoje o grupo destas brincadeiras de verão, grupo que por vezes ia mudando de rosto, rostos esses que hoje estão dispersos, por esplanadas por outras ruas de verão, desfrutando dos seroes quentes do Alentejo. Mas por ruas e travessas ainda se vem os quase velhotes que em outros tempos faziam parte da estética das ruas, hoje são menos mas ainda continuam verão a pôs verão.
Em quanto que nos continuamos na tristeza das mesas de café, tristeza porque o saudosismo de criança por vezes aperta, a vontade de sujar os pés na areia do parque ao correr as ruas a velocidade da luz quando se brincava as escondidas. É muito forte.
Só sei que os meus verões ultimamente tem sido uma bela merda, só lhe provo o sabor pelo calor, porque isto de deixar cadeiras atrasadas da nestes castigos bastantes penosos um autentico calvário. Espero que melhores ai venham…